Por: M. Biasi
O grande desafio da escola
na contemporaneidade “é investir na superação da discriminação e dar e conhecer
a riqueza representada pela diversidade etnocultural que compõem o patrimônio
sociocultural brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos que
compõem a sociedade. Nesse sentido, a escola deve ser local de dialogo, de
aprender a conviver, vivenciando a propria cultura e respeitando as diferentes
formas de expressão cultural”. (Brasil, 1997, p.32).
O tema pluralidade
cultural deve ser entendido num contexto em que sejamos considerados iguais,
porque somos humanos e respeitados na diversidade, de tal forma que não
incorremos o erro de defender o individualismo, e sim a individualidade. (…) a
individualidade é decorrente da coletividade, de que identidade cultural é possível quando fazemos parte de um grupo, de uma comunidade. A convivência
entre culturas diferentes é esperando de um mundo globalizado. Trocar a partir
das diferenças e da diversidade cultural faz com que nos modificamos sem nos
submeter a qualquer que seja a manifestação cultural. (…) A pluralidade cultural
fala das diferenças, portanto, quando pensamos em diversidade, em pluralidade,
pensamos em todos nós, em nossas diferenças, historias e vidas individuais. (SERRAT,
2007, p.54-65).
Pensando o tema
transversal pluralidade cultural dessa forma é possível o professor pensar em ações a serem
desenvolvidas na sala de aula, como procurar abordar sobre a cultura das regiões
brasileiras, povos, historias, pratos típicos, etc., formulando perguntas como:
“vocês conhecem as lendas brasileiras?”, “vocês conhecem pessoas de outras regiões, cidades ou comunidades?", "Já perceberam a
diversidade de comida em nosso pais?”, “Quais
os alimentos de outras regiões vocês já experimentaram?”, ”E as musicas que
ouviram?”, “Os sotaques que escutaram?”, "Quais dos costumes culturais de outros povos vocês conhecem ou ouviram falar?", "Já presenciaram alguma manifestação cultural?", etc., estimulando os alunos a responderem
questões que se relacionam à realidade, ao cotidiano, promovendo o conhecimento e o respeito da diversidade
cultural. Após, pode-se sugerir às crianças que elaborem um cartaz com colagem
de gravuras evidenciando a diversidade etnocultural do Brasil, expondo-o em um
ambiente da escola a fim de compartilhar essas informações com as demais crianças
da instituição. Outra possibilidade é convidar pessoas de outras comunidades, como por exemplo um representante da comunidade indígena, para ir até a escola e falar sobre a sua cultura, história, costumes, suas lutas, etc., a fim de que as crianças possam fazer perguntas, trocar informações, enfim, vivenciar suas aprendizagens.
Precisamos
aprender/ensinar que a igualdade que buscamos é a do humano, dos direitos
deveres que possuímos por sermos da mesma espécie e por pertencermos a uma
comunidade, que a diferença que buscamos é a da individualidade da cultura na
qual nascemos inseridas, da especificidade do nosso sexo, das características
de cada idade, das preferências e tantas outras. (SERRAT, 2007, p.63).
Pensar o tema transversal
pluralidade cultural é ir além da mera instrução da aceitação e respeito pelas
diferenças, mas, incorporar situações de reflexões, articulando o saber ao
fazer, e isso diz respeito às experiências cotidianas. O professor tem como função propiciar aos alunos a vivencia dessa nova realidade, estimular o debate, a socialização, a tolerância e o respeito concreto na sala de aula, e isso começa na convivência com seus pares, aprender valores importantes como desculpar-se, agradecer, solicitar (e não impor), aceitar e acatar orientações dos mais velhos, desenvolver atitudes de tolerância (quando as vontades não são aceitas), ser solidário e sensível frente as dificuldades dos colegas, entre outras atitudes fundamentais para a boa convivência.
Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação
dos Temas Transversais e Ética. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
SERRAT.
L.M.B. Temas Transversais: Como
Utilizá-los na Prática Educativa? Curitiba: IBPEX; 2007.
Olá, professora! Ótimo artigo! Gostaria de compartilhar um complemento, em outra linha, para sua avaliação: https://www.goconqr.com/pt-BR/blog/diversidade-cultural/
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