1 de jul. de 2012

Horta na escola: espaço de brincadeira e aprendizagem




1ª etapa: Atividade pedagógica interdisciplinar

Montar uma horta na escola é um trabalho grandioso, pois este é um tema rico que possibilita ao professor a abrangência de várias disciplinas.
É uma atividade que envolve muito os alunos, já que trabalhar com terra aumenta a disposição e a energia do corpo, proporcionando prazer, aliviando o estresse da sala de aula e deixando todos mais calmos.
O professor deve montar um projeto de acordo com a idade de seus alunos e discutindo com os mesmos sobre quais plantas preferem trabalhar, definindo o dia em que irão começar a atividade bem como os materiais necessários para a organização da horta escolar.
Antes de iniciar a atividade, deverá propor os combinados com a turma, a fim de estabelecer as regras de conduta durante a atividade e controlar melhor os alunos mais ansiosos. Normalmente as crianças indisciplinadas participam muito bem desse tipo de atividade, pois é um momento de liberdade para eles.
Dependendo do tamanho da horta, a turma poderá ser dividida em grupos, como de limpeza da terra, de aragem da mesma, de plantio das sementes, de regar e um outro grupo para fazer as anotações escritas de todos os passos. A cada visita à horta os alunos deverão ser revezados nas atividades, para todos terem oportunidade de manuseio da mesma.
Em sala deverão discutir as etapas trabalhadas, onde cada aluno se expressará contanto como foi vivenciar a experiência. É bom que se discutam também sobre as anotações feitas pelo grupo responsável, a fim de aumentar a riqueza das discussões.
Em ciências, poderão observar o crescimento das plantas e fazer relatórios descritivos do processo, desde a germinação, tamanho e as transformações das mesmas, a cada visita à horta. O professor pode aproveitar esses relatórios para analisar a capacidade de produção de texto dos alunos, bem como ortografia e gramática, que se encaixaria em português.
Sabe-se que é comum aparecerem pequenas pragas em hortas. Assim, ainda em ciências, o professor poderá produzir com os alunos receitas de pulverizadores naturais, enfatizando os males dos agrotóxicos para a saúde do homem. 
Poderão pesquisar em revistas, jornais e internet materiais para a montagem de um painel, classificando as plantas como verduras e legumes e, para as séries mais adiantadas, explorar mais a classificação, como o reino e as espécies das mesmas, bem como as regiões e os climas adequados para cada uma delas (natureza e sociedade).
Em matemática poderão explorar conteúdos como quantidade de sementes, o peso das mesmas ao adquiri-las, os litros de água necessários para fazer a irrigação da horta, quantos quilogramas utilizados de adubo e terra. Outra possibilidade é medir as dimensões dos canteiros e, à medida que as plantas forem crescendo, medir também a altura as mesmas, a espessura de seus talos, observar a textura das folhas, etc.
Os alunos poderão desenvolver textos relatando a importância de mantermos uma boa alimentação, com nutrientes necessários ao organismo. Outro caminho é criar um texto sobre hortaliças, as propriedades medicinais das mesmas e a forma como gostam de consumi-las, se em chás, sanduíches ou saladas.
        E quando a horta estiver bem montada, com as plantas em tamanhos já adequados para serem colhidas, os alunos poderão desenvolver receitas culinárias de saladas, sanduíches, tortas salgadas e sucos que poderão ser degustados na hora do lanche. É interessante também que convidem uma turma para compartilhar esse momento de descontração e prazer.

 Por Jussara de Barros, Graduada em Pedagogia, Equipe Brasil Escola (http://educador.brasilescola.com).






2ª etapa: Montando a horta e colhendo os frutos

Escolha do local
Sol e água são prioridades na vida das plantas e, por isso, o lugar onde serão montados os canteiros tem de receber, no mínimo, cinco horas diárias de luz solar e ter por perto uma fonte de água limpa.

Solo
O melhor tipo de solo para a agricultura é o areno-argiloso. Ele apresenta todas as propriedades necessárias para o desenvolvimento das plantas. É possível descobrir o tipo de solo por meio de experiências simples. Veja a seguir duas opções:

1ª experiência
Cave um buraco de 15 a 20 centímetros de profundidade e coloque a terra retirada em um recipiente de vidro liso e transparente. Complete com água e agite bem. Deixe a mistura descansar até que a terra assente. A camada escura que se forma na superfície é composta de húmus. Logo abaixo, forma-se uma camada constituída de partículas finas, indicando a presença da argila. No fundo, depositam-se grãos mais grossos, de areia. Se dentro do vidro houver menos de 15 % de argila, o solo é considerado arenoso. De 20 a 40 % de argila, é areno-argiloso. E acima de 40 % de argila, o solo é argiloso. Se houver menos de 5 % de argila, conclui-se que naquela parte do solo existe apenas matéria orgânica.

2ª experiência
Amasse um punhado de terra úmida com as mãos. Em seguida bata com força uma palma na outra. Se as mãos ficarem sujas, tingidas, cheias de terra nas linhas e nas marcas digitais, o solo pode ser considerado argiloso. Caso as mãos fiquem limpas e grãos de areia raspem as palmas, o solo é arenoso. Conforme o caso, incorpore terra argilosa, areia e esterco ao solo, até chegar à proporção de três medidas de terra argilosa, duas de esterco (de preferência, de gado e bem curtido) e uma de areia.

Montagem dos canteiros
Para trabalhar com crianças e adolescentes, o ideal é que os canteiros tenham 2 metros de comprimento por 1 de largura e, no mínimo, 50 centímetros entre um canteiro e outro. A profundidade deve ser de 30 a 40 centímetros. Para segurar a terra nas laterais da horta, pode-se utilizar tijolos ou bambu.

Semeadura
Existem duas formas de semeadura, a direta e a feita em sementeira. Na direta, as hortaliças são semeadas nos canteiros e ficam ali até a época da colheita, como beterraba, cenoura, espinafre, rúcula, almeirão, salsa e coentro. A profundidade da linha de semeadura deve ser de dois centímetros para as sementes menores e de dois e meio para as maiores, como a beterraba e o espinafre. A precisão na semeadura é muito importante, pois se as sementes ficarem muito fundas, não germinam e se ficarem no raso, podem ser levadas pela água.
No caso das sementeiras, as hortaliças são semeadas primeiramente numa caixa e depois transplantadas para o canteiro. Isso é feito para que as mudas se desenvolvam com mais força. O procedimento é indicado para o plantio de alface, chicória, mostarda, couve, repolho e cebolinha. Para a alface, chicória e mostarda, o espaço entre as mudas deve ser de 1 palmo. Já a couve e o repolho precisam de 3 palmos. No transplante, tome cuidado para não danificar a raiz. Faça-o sempre no final do dia, seguido de rega do canteiro.

Tempo para transplante
·         Alface e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;
·         Couve, repolho e cebolinha: 30 dias

Época de colheita
·         Rabanete: 35 dias;
·         Alface, chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;
·         Espinafre: 60 dias;
·         Salsa: 70 dias;
·         Beterraba e cenoura: 90 dias.

Rega
É um dos principais momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.

Colheita
É feita de duas maneiras: arranco e corte. Para alface, chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa, cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes. Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes.
O almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem ser colhidos diversas vezes.

Controle de pragas e doenças
Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga.
Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas.
O cultivo de ervas medicinais, como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta, também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta, pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver, o ideal é aplicar a calda de fumo.

Receita da calda de fumo
Ingredientes:
50 gramas de fumo de corda picado
1 litro de água
1 colher de café de pimenta-do-reino
Preparo:
Ferva a água com o fumo picado até a mistura ficar bem escura. Deixe esfriar, coe e acrescente a pimenta. No caldo, acrescente mais cinco litros de água e pulverize as folhas no final da tarde.
Não molhe as folhas após a aplicação. Repita a operação até que os pulgões desapareçam. Consuma as folhas apenas dez dias após a última aplicação.

Por: Marcelo Alexander Mattiuci, coordenador de educação ambiental da Associação Ituana de Proteção Ambiental (http://www.aipa.org.br).

Projeto: Cuidando do Meio Ambiente

Turma: 4º ou 5º ano
Duração: 1 (um) mês
Avaliação: formativa e processual


Justificativa:

Na atualidade as escolas ainda não tem em sua grade curricular um eixo que conceba a educação ambiental como parte integrante da educação escolar, percebe-se que existe uma grande dificuldade de se trabalhar com este tema, o qual exige empenho por parte da escola e professores numa ação interdisciplinar. Ensinar sobre os cuidados com o meio ambiente nas escolas é muito mais que desenhar em datas comemorativas como no dia da árvore, a educação ambiental precisa ser vista como uma necessidade em salvar o meio ambiente, e, portanto, a vida de todos os seres vivos que compartilham o planeta Terra. Uma das maneiras de trabalhar a educação ambiental nas séries iniciais, é a reciclagem, e a conscientização da comunidade escolar, trazendo para dentro da sala de aula materiais que podem ser transformados em brinquedos, e levando para fora da escola informações de como podemos cuidar do meio ambiente. Assim, a aula se torna educativa, lúdica e significativa para os alunos, pois eles estão compreendendo a importância de estar contribuindo com o meio ambiente de uma forma prazerosa. 
A Educação Ambiental é o caminho para construção da cidadania, ética, solidariedade, natureza, diversidade cultural e responsabilidade social, tendo como referencial teórico a Ecopedagogia que procura promover a aprendizagem no sentido das coisas a partir da vida cotidiana (GADOTTI, 2000).

Objetivos:
  • Desenvolver uma consciência ambiental;
  • Compreender o processo de reciclagem;
  • Verificar  o tempo  da decomposição dos materiais orgânicos e não-orgânicos no meio ambiente; 
  • Propor uma reflexão sobre a condição de vida da população, desperdício de alimentos e politicas públicas na área;
  • Desenvolver a oralidade e a escrita;
  • Desenvolver conceitos matemáticos e artísticos;
  • Desenvolver conceitos históricos, geográficos e de processos naturais na natureza;  



Atividades significativas:

  • Roda de conversa para verificar o conhecimento prévio dos alunos e saber qual é o destino do lixo nas suas casas;
  • Pesquisa na internet/revistas/livros sobre reciclagem, coleta seletiva de lixo, desperdício de alimentos, desmatamento, camada de ozônio e as mudanças climáticas, econômicas, sociais e ambientais através da história (3 aulas);
  • Confeccionar coletores de lixo ecológicos para o descarte do lixo orgânico,  papel, alumínio, plástico e eletrônicos (pode-se utilizar para isso baldes velhos) (3 aulas);
  • Confeccionar cartazes com o tema dos 3 "erres", Reduzir (o consumo), Reutilizar (o que não possui mais utilidade em casa  para outros fins), Reciclar (materiais já utilizados para fabricar coisas úteis) e expor na escola (3 aulas);
  • Produzir textos em grupo discorrendo sobre as consequências da falta de cuidado com o meio ambiente (levantar temas geradores, ex: jogar lixo na rua provoca enchentes em dias de chuva,  na minha casa descartamos, reciclamos ou não o lixo, etc.);
  • Confeccionar brinquedos com materiais recicláveis: caixas de leite (carrinhos, robozinhos, etc.), garrafa pet (Chocalhos, etc); usar a criatividade (2 aulas);
  • Realizar pesquisas na comunidade e casa dos alunos sobre como o lixo é descartado, elaborar tabelas e confeccionar painel, expor na sala (2 aulas);
  • Ouvir músicas, ler e escrever poesias, palavras cruzadas, caça palavras, histórias ou mesmo assistir a um vídeo/documentário sobre o tema;
  • Convidar um catador de lixo para falar com os alunos sobre a importância do seu trabalho;
  • Se a escola possuir uma horta plantar verduras com os alunos. Se não possuir uma horta fazer uma, caso não tenha espaço pode utilizar um terrário ou vasos de plantas  para a atividade;


SUGESTÕES:






Filmes sobre o meio ambiente: 




Referências:

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.

Projeto: Enrolando a língua com Trava - Línguas

Turma: Alfabetização
Duração: 05 (cinco) aulas
Avaliação: formativa e processual

Justificativa:
O trava língua trata-se de uma modalidade de Parlenda, uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo. Cascudo (Literatura Oral no Brasil, 2012) incluiu o trava - língua nos contos acumulativos, dizendo que os trava-línguas muitas vezes não são histórias, mas jogos de palavras difíceis de serem pronunciadas. São antes brincadeiras. Todos os trava-línguas são propostos por fórmulas tradicionais, como: ''fale bem depressa''; ''repita três vezes''; ''diga correndo'', e similares. O importante no trava-língua é que ele deve ser repetido de cor, várias vezes seguidas e tão depressa quanto possível. Lido, e devagar, perde a graça e a finalidade.

Objetivos:

*      Explorar a origem dos Trava-línguas;
*      Desenvolver a leitura e a escrita;
*      Trabalhar a linguagem oral;
*      Pronunciar com clareza e rapidez as palavras usadas em músicas, trabalhadas no dia a dia da sala de aula;
*      Estimular a memória auditiva;
*      Desenvolver a atenção e a concentração;
*      Memorizar, produzir e reproduzir Trava-línguas;
*      Ampliar o vocabulário;

Atividades significativas:

  •   Roda de conversa para levantar conhecimentos prévios das crianças sobre os trava – línguas;
  •   Pesquisar na internet/ livros/revistas sobre a origem dos trava - línguas;
  •  Ler em grupo e individualmente trava - línguas;
  •  Produzir e reproduzir e memorizar trava – línguas usando a criatividade;
  •  Gravar a voz das crianças ao pronunciar trava – línguas e depois ouvir na sala;
  •  Produzir livro ou historinha usando a linguagem trava – língua;
  •  Atividades impressas com trava – língua para trabalhar a linguagem escrita;
  •  A letra do meu nome - Os alunos poderão copiar do quadro por ex: O __ATO __OEU A __OUPA DO __EI DE __OMA. Depois, colocar a 1ª letra do seu nome no lugar dos traços, como por exemplo: Fernanda: O FATO FOEU A FOUPA DO FEI DE FOMA. Priscila: O PATO POEU A POUPA DO PEI DE POMA. Posteriormente, solicitar que cada aluno leia o que conseguiu escrever.
  •   Brincando com o alfabeto: as crianças recebem trava – línguas incompletos: __abia __ue o __abiá __ssobia? E solicite que as crianças escolham letras do alfabeto que deixe a frase mais engraçada. Essa atividade pode ser com recorte e colagem... Use a criatividade! 

TRAVA – LÍNGUAS:

O peito do pé do pai do padre Pedro é preto. 
A babá boba bebeu o leite do bebê. 
O dedo do Dudu é duro
A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada. 
Quem a paca cara compra, cara a paca pagará 
O Papa, papa o papo do pato. 
Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia 
Norma nina o nenê da Neuza 
A chave do chefe Chaves está no chaveiro. 
Sabia que a mãe do sabiá sabia que sabiá sabia assobiar? 
Um limão, dois limões, meio limão. 
É muito socó para um socó só coçar! 
Nunca vi um doce tão doce como este doce de batata-doce! 
O padre pouca capa tem, pouca capa compra. 
Chega de cheiro de cera suja! 
É preto o prato do pato preto 
Bagre branco; branco bagre 
Um tigre, dois tigres , três tigres. 
Três tristes tigres trigo comiam. 

O DESENLADRILHADOR
Essa casa está ladrilhada.
Quem a desenladrilhará?
O desenladrilhador que a desenladrilhar,
Bom desenladrilhador será!

O tecelão
Tecelão tece o tecido
Em sete sedas de Sião
Tem sido a seda tecida
Na sorte do tecelão.

Atrás da Pia
Atrás da pia tem um prato
Um pinto e um gato
Pinga a pia, apara o prato
Pia o pinto e mia o gato.

Sapo no saco
Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento.

Mafagafos
Um ninho de mafagafa
Com sete mafagafinhos
Quem desmafagaguifá
Bom desmafagaguifador será.

VELHO FÉLIX
Lá vem o velho Félix,
Com um fole velho nas costas,
Tanto fede o velho Félix,
Como o fole do velho Félix fede.

TEMPO
O tempo perguntou ao tempo,
Quanto tempo o tempo tem,
O tempo respondeu ao tempo,
Que não tinha tempo,
De ver quanto tempo,
O tempo tem.

SEU TATÁ
O seu Tatá tá?
Não, o seu Tatá não tá,
Mas a mulher do seu Tatá tá.
E quando a mulher do seu Tatá tá,
É a mesma coisa que o seu Tatá tá,tá?

O Pintor Português
PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO,
POBRE PINTOR PORTUGUÊS,
PINTA PERFEITAMENTE
PORTAS, PAREDES E PIAS,
POR PARCO PREÇO, PATRÃO.

O Rato Roeu
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA,
O RATO ROEU A ROUPA DO REI DA RÚSSIA,
O RATO ROEU A ROUPA DO RODOVALHO…
O RATO A ROER ROÍA.
E A ROSA RITA RAMALHO
DO RATO A ROER SE RIA.
A RATA ROEU A ROLHA
DA GARRAFA DA RAINHA.

O PINTO PIA
A PIPA PINGA.
PINGA A PIPA,
O PINTO PIA.
PIPA PINGA.
QUANTO MAIS
O PINTO PIA
MAIS A PIPA PINGA.

GATO ESCONDIDO
GATO ESCONDIDO
COM RABO DE FORA
TÁ MAIS ESCONDIDO
QUE RABO ESCONDIDO
COM GATO DE FORA.

O SABIÁ
Sabia que o sabiá
sabia assobiar?

PAPA PAPÃO
Se o papa papasse pão.
Se o papa papasse papa.
Se o papa papasse tudo,
Seria um papa papão.

O RATO
O rato roeu a roupa,
Do rei de Roma.
e a rainha, de raiva,
roeu o resto.

Palminha
Palma, palminha,
Palminha de Guiné
Pra quando papai vié,
Mamãe dá a papinha,
Vovó bate cipó,
Na bundinha do nenê.

SABER
Sabendo o que sei e sabendo
O que sabes e o que não sabes
E o que não sabemos, ambos saberemos
Se somos sábios, sabidos
Ou simplesmente saberemos
Se somos sabedores.

Bão Balalão
Bão, babalão,
Senhor Capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Em terra de mouro
Morreu seu irmão,
Cozido e assado
No seu caldeirão.

Ou Bão-balalão!(variação)
Senhor capitão!
Em terras de mouro
Morreu meu irmão,
Cozido e assado
Em um caldeirão;

Lanço o laço no salão.
O lenço, lanço. A lança, não.

Tatu tauató, tatuetê taí.
Tem tanto tatu, não tem.

Atividades trava – línguas impressas: Clique aqui

Referências:

CASCUDO,I. Literatura oral no Brasil. Disponível em     <http://www.qdivertido.com.br/verfolclore.php?codigo=22>.  Acesso em: jun, 2012.

MUNIZ, Luciana Soares et al. Como o trabalho com trava línguas pode ampliar o vocabulário e desenvolver a leitura e escrita? Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=34608>.Acesso em: jun, 2012.

O palhaço e o nariz – para trabalhar a autoestima e a cultura do circo


Era uma vez um palhaço muito engraçado, e muito bonzinho. As crianças adoravam ir ao circo só para ouvir suas piadas e cair na gargalhada.
Palhaço
Quando o circo chegava, era aquela festa! Todo mundo se arrumava para ver os malabaristas e outros personagens, mas famoso mesmo era o palhaço.
Equilibrista
Sempre que ele entrava no picadeiro, fazia suas gracinhas, e contava suas piadas, as crianças logo gritavam felizes:
Crianças
- Eh! Esse palhaço é muito bom! É muito engraçado mesmo!
O que ninguém sabia era que o palhaço era um velhinho triste, muito triste com o seu nariz, que ele achava muito feio:
- Se as crianças me virem sem fantasia, vão me achar horrível com este nariz!
Narigão
E tanto ele sofria com isto que, um dia, um anjinho teve pena dele:
Anjinho-Está bem, vou levar você até o Planeta dos Narizes, e você vai poder escolher um nariz novo que o deixe muito feliz!
-Obá! (o palhaço nunca esteve tão animado!)
Terra
Voaram para o espaço, e viram a Terra lá de longe. Viajaram pelas estrelas até encontrar o Planeta dos Narizes. Ali só tinha nariz, e mais nada. O palhaço nem sabia o que fazer, de tanto nariz que tinha neste lugar.
Olhou para tudo o que pôde, e começou a experimentar as trocas. Na frente do espelho, ele tentava: primeiro este, depois aquele ... até encontrar um que achou muito bonito.
Anjinho O anjinho olhava tudo com muita paciência, pois aquele era alguém especial: um palhaço muito bonzinho.
- Podemos voltar para a Terra?
- Claro! Vamos lá!
Terra
Na hora do espetáculo, o palhaço entrou no picadeiro se achando o máximo, lindo de morrer. Contou uma porção de piadas, fez todas as gracinhas, mas...
Carinha Ninguém achou engraçado.
Até o faquir, que estava esperando sua vez, desistiu de esperar a risada de sempre, e perguntou:
Faquir
-Já posso começar? É a minha vez?
O palhaço saiu muito triste, e foi procurar o anjinho. Pediu para voltar novamente ao Planeta dos Narizes, pois a criançada não tinha gostado nada deste. E então foram até lá.
Uma... Um ...
Duas... Dois ...
Três... Três ...
.... muitas vezes! E em todas o resultado era o mesmo:
Palhaço
- Uh! Esse palhaço é feio! Não é engraçado, não! Uh! - e a vaia doía e rolava nos olhos do palhaço, que a toda hora escolhia um nariz novo.
Até que, um dia, o palhaço estava lá escolhendo nariz no Planeta dos Narizes, quando descobriu um que ele nunca tinha visto antes:
- Ahá! Deste aqui as crianças vão gostar, tenho certeza!
E voltaram os dois para o circo.
Na hora do espetáculo:
Toque de caixa
Foi aquela festa!
O palhaço contou suas piadas, e a criançada riu muito com ele!
Palhaço
Todos comemoraram a volta do palhaço engraçado. Até a vovó ficou contente e dançou com a criançada:
VovóCrianças
O palhaço ficou muito feliz, e saiu correndo para contar ao anjinho que, finalmente, tinha escolhido o melhor nariz. Só não esperava que o anjinho lhe dissese:
Anjinho- Esse é seu próprio nariz, aquele que deixava você tão infeliz ...
Muito espantado, o palhaço acabou reconhecendo que era mesmo! Mas a verdade é que estava muito feliz, e logo voltou correndo para o circo e seus amiguinhos contentes.
Descobriu que nada é melhor do que sermos nós mesmos.
Palhaço com balões
FIM


Os sete cabritinhos – para trabalhar a matemática e a união do grupo


Cabritinhos
Era uma vez uma cabra, que morava com seus sete cabritinhos em uma linda casinha com quintal e jardim.
Naquela manhã, estavam todos assistindo televisão antes de mamãe sair para o mercado, fazer compras:
notícia na TV
A notícia de última hora dizia:
- Cuidado: há um lobo mau solto por aí. Foi visto pela última vez fugindo para perto do rio. Todos estamos trabalhando para caçá-lo, mas até agora ele continua solto. As crianças devem ficar em casa até que ele esteja bem preso.
cabritinho- Ah! Logo hoje que íamos começar nosso clube novinho lá fora!
Mamãe cabra não quis saber: falou sério com seus sete cabritinhos, e todos entenderam muito bem.
casa com porta e janela
- Ninguém sai de casa hoje enquanto vou ao mercado. A porta fica fechada com a chave. Não abram para ninguém. Vocês conhecem a mamãe: quando voltar, chamarei pela janela com minha voz de sempre, e baterei de levinho no vidro com minha pata clarinha e de unhas curtas. Aprendam que o lobo mau tem um vozeirão terrível e uma pata escura enorme cheia de unhas gigantes. Muito cuidado!
- Está bem, então. Pode confiar em nós. Vamos ficar bem atentos.
E lá se foi a cabra para as compras ...
mamãe cabra
Encontrou sua amiga no caminho, e foi logo comentando como estava preocupada em sair para o mercado com aquele lobo mau solto por aí...
O que elas não sabiam, é que o lobo mau disfarçado estava ali bem pertinho escutando tudo, e pensando: "Sete cabritinhos sozinhos em casa, e eu com tanta fome!"
Correu para a casa, jogando fora seu disfarce, tentou abrir a porta, e viu que estava trancada.
- Abram a porta! Está trancada!
- Não vamos abrir nada, seu lobo bobo. A voz da mamãe é suave e macia, só vamos abrir para ela!
Então o lobo ficou furioso. Tinha que ter alguma idéia. Aqueles cabritinhos só iam abrir para a mãe, mas como enganá-los? Ahá! O lobo correu até a confeitaria, escolheu a melhor torta de maçã e mel, que engoliu inteirinha, querendo adoçar a voz. Treinou falar cantadinho como as mães dos outros.
torta de maçã
musiquinha-Abram a porta! É a mamãe!
Aquela não parecia mais a voz do lobo, e os cabritinhos ficaram em dúvida se a mãe tinha ficado com esta voz diferente. Lembrando dos conselhos recebidos, eles disseram:
- Se é a mamãe, mostre sua patinha na janela.
E o lobo, pego de surpresa, mostrou mesmo.
- Vá embora seu lobo mau! As patinhas da mamãe são bem clarinhas! E sem garras!
Então o lobo teve outra idéia: correu até o moinho moinho e afundou as patas na farinha branquinha, para enganar os tolos.
Bateu de volta na porta, ainda adoçando a voz, e novamente foi parar com a pata na janela: desta vez ele encolheu bem as unhas:
pata enfarinhada de branco
Os cabritinhos ficaram em dúvida, olharam uns para os outros, e resolveram abrir a porta. Para que?
lobo mau
Foi uma correria danada, todos tentando se esconder. Tinha cabritinho escondido na geladeira abrindo,também tinha na máquina de lavar funcionando, na lareira, nos armários, em baixo da mesa, em toda parte. O lobo foi caçando um por um, engolindo por inteiro cada cabritinho de tanta fome que estava. Perdeu a conta de quantos cabritinhos já tinham entrado naquele barrigão cheio, e foi embora, pensando não ter deixado sobrar nenhum.
Estava enganado: apenas o cabritinho pretinho não foi encontrado em seu esconderijo:
relógio grande
O tic-tac tic-tac atrapalhou o ouvido do lobo, que não ouviu o coraçãozinho assustado que estava escondido lá dentro.
Quando mamãe cabra viu a porta aberta, já entrou esperando pelo pior.
olhos assustados -O lobo levou todos os meus filhinhos!
- Todos, não mamãe. Eu ainda estou aqui!
Os dois se abraçaram muito, e decidiram ir atrás do lobo, para ver se ainda podiam salvar os irmãozinhos.
Correram em direção ao rio, onde souberam pela TV que era o esconderijo dele. Ao chegarem perto, logo ouviram um som terrível: ROM... URM... ROM... Era o lobo roncando, dormindo sob as árvores na beira do rio.
Mamãe cabra teve uma idéia, e disse ao filho:
- Não faça nenhum barulho para não acordar o lobo. Corra com toda sua velocidade até lá em casa, e traga a cesta de costura da mamãe: veja que tenha tesoura, agulha e linhas.
O cabritinho nem respondeu: saiu correndo como o vento, e logo estava de volta com sua encomenda.
Mamãe cabra não perdeu tempo: com sua tesoura abrindo e fechandofoi abrindo o barrigão do lobo enquanto ele estava dormindo. Logo foram saltando vivinhos, um por um, os seis cabritinhos que ele tinha engolido. A todos mamãe pedia silêncio. Quando todos saíram, ela disse em segredo:
- Vão procurar as pedras maiores e mais pesadas que encontrarem, mas não façam barulho, nem demorem.
Logo chegavam pedras em quantidade suficiente: mamãe colocou todas na barriga do lobo, e costurou rápido com agulha e linha. Então foram todos se esconder.
Quando o lobo acordou, sentiu a barriga muito pesada e a boca muito seca. Levantou-se com muito esforço, e quase não conseguiu ficar de pé ("foram seis ou sete cabritinhos?"). E foi se arrastando até o rio querendo beber água. A correnteza estava forte, e o lobo com a barriga cheia de pedras acabou indo parar no fundo do rio, de onde nunca mais saiu.
E todos puderam comemorar o fim do malvado, e a sorte de todos os pequenos, que agora corriam livres pelo caminho para casa, para um novo dia.
cabritinhos pulando a cerca
FIM