30 de dez. de 2012

Enem edições 2013/2014 - tudo que o estudante precisa saber

ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio
O Enem 2013/2014 terá a mesma estrutura adotada desde 2009, conhecida como Novo Enem. Neste novo modelo os estudantes devem resolver 180 questões de múltipla escolha e desenvolver uma redação em dois dias de prova. 

28 de dez. de 2012

Passei no Enem e agora qual é o próximo passo?

ENEM: Ele pode ser usado no SISU, PROUNI e no certificado do Ensino Médio


Com a nota do Enem em mãos você pode:

1) Usar para ingressar em Faculdades, institutos e universidades que aceitam essa nota sem precisar prestar vestibular.

A primeira coisa a ser feita para usar a nota do ENEM no seu vestibular é verificar se a Universidade que você escolher usa ou não o ENEM. Essa informação, que em geral está no site das instituições ou então no Manual do Candidato. As vezes as Universidades usam como Vestibular, as vezes como parte do vestibular e as vezes optam por nem usar. De um modo geral, quem fez várias edições do ENEM pode escolher qual nota quer usar, essa escolha é feita indicando o Número de Inscrição do ENEM. Se você indicar o número de inscrição de 2011, contará a nota de 2011, se usar o número de 2012, contará a nota de 2012. Guarde sempre o seu número de inscrição, sem ele você não poderá optar por usar o ENEM em nenhum vestibular.

2) Concorrer a uma bolsa de estudos 100%, 75%, 50% no SISU e no PROUNI.

24 de dez. de 2012

Aprendendo com o COCORICÓ - filme completo


Vale a pena assistir esse super filme com a criançada, seja na Educação. Infantil ou mesmo nas Séries Iniciais, pois o Cocoricó é uma excelente forma de educar e divertir ao mesmo tempo. 

Vamos seguir pelo caminho mágico até a fazenda do COCORICÓ!!!!


Contos de Natal - é pelo exemplo de fé, amor, amizade e paz que educamos nossos pequenos




12 de dez. de 2012

O Por vir das novas linguagens tecnologicas na Educação


Realizei uma pesquisa em uma escola publica na minha cidade para analisar o perfil de leitores em processo de formação e também que tipo de leitor os alunos do ensino fundamental se consideram. No total foram 18 entrevistados de turmas do 6º e 7º anos. Dos dezoito entrevistados 10 se consideravam leitores imersivos, 3 contemplativo e 5 moventes.
Segundo Demo (2008), o leitor contemplativo, tem características especificas que o diferencia dos demais, pois esse tipo de leitor se concentrar numa atividade solitária de leitura, com muitos momentos de reflexão, uma leitura pausada, retornada, feita novamente por várias vezes até que o entendimento seja feito do modo desejado. Esse é o leitor do livro.
“O leitor do livro é o mesmo da imagem e este pode ser o leitor das formas híbridas de signos e processos de linguagem, incluindo nessas formas até mesmo o leitor da cidade e o espectador de cinema, TV e vídeo”. (SANTAELLA, 2004, p. 16)
Na leitura do livro, essa dinâmica possibilita ao leitor conduzir a apreensão do conteúdo, adicionando sua inferência, consultando textos afins etc. Embora a leitura da escrita de um livro seja sequencial, a solidez do objeto livro permite idas e vindas, retornos, resignificações. E o leitor contempla e medita à sua maneira (DEMO, 2008).
 Leitor moventecom o advento tecnológico em expansão, com a introdução dos cinemas e a instantaneidade da televisão, quebrou-se um paradigma e surgiu

O Ensino à Distância: Telecurso 2000 e Instituto Universal Brasileiro



Após a realização de estudo e pesquisas em revistas, livros e internet sobre as propostas de ensino EAD no Brasil nas décadas de 40 e 90 no campo educativo escolhi falar do ensino por correspondência do INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO como sendo um dos meios mais importantes e eficazes ainda na ativa e por ser um veículo ainda muito popular de ensino a distância no Brasil. E uma segunda escolha recaiu no programa TELECURSO 2000, por compreender sua importância e relevância atual.
O Instituto Universal Brasileiro  fundado em 1941 e é um dos precursores no ensino à distancia no Brasil. Com o tempo, se tornou a maior escola do gênero no país, faz parte da primeira geração de ensino à distancia, o ensino por correspondência, caracterizado pelo material impresso e distribuído por meio de empresas de correios, modalidade na qual ele é destaque no Brasil.
Desde os primeiros anos de existência, o IUB ofereceu dois tipos de cursos: de um lado os cursos livres, ou cursos informais; de outro lado os cursos formativos educacionais ou cursos regulamentados por lei. Os primeiros cursos informais foram os cursos de datilografia, taquigrafia, estenografia e eletrônica em Rádio. Após alguns anos, foi lançado o primeiro curso regulamentado por lei, o curso de ensino ginasial denominado de Madureza Ginasial que tinha função preparatória para a prestação de Exames de Madureza Ginasial criados pelo Decreto Lei nº 4.244.
No início da década de 40, aproveitando a chegada da televisão ao Brasil, “o Instituto Universal Brasileiro lançou o curso

A avaliação e a formação docente na Educação Infantil

DICAS DE LEITURA LIVRO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ALFABETIZADORAS
                                   
                                    LIVROS BRINCAR E APRENDER NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A Educação Infantil historicamente tem sido concebida como um espaço de cuidado com caráter meramente assistencialista. Porém novas concepções de infância vieram para desconstruir esse conceito. Pois a criança passou a ser concebida como sujeito ativo do processo educativo, construtora e consumidora de cultura. Nesse novo contexto educativo foi imprescindível a elaboração de componentes avaliativos com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, visto que esse processo ocorre de forma diferente das crianças maiores. Na educação infantil a avaliação ocorre através do portfólio e do registro diário.
Assim, segundo LDB (9.394/96) no art. 29, “a educação infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (BOTH, 2011, p. 173).
Ainda segundo a LDB (9.394/96) citada por Both (2011, p. 173): “o art. 31 estabelece que a avaliação deve ser feita mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino Fundamental”.
Na avaliação de uma criança, deve constar a trajetória de suas descobertas e aprendizados, seus crescimentos e suas dificuldades, sempre se referindo a como a criança foi no passado e como está no presente momento.
Cabe ao educador, um olhar atento e reflexivo sobre o desenvolvimento de cada um dos seus alunos,

Educação, ensino, pesquisa e as novas tecnologias na prática pedagógica

DICAS DE LEITURA LIVRO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATUAIS

Qual é a diferença entre educação, ensino e pesquisa?
A pesquisa é a atividade voltada para a solução de problemas e respostas a questionamentos do campo educativo, geralmente através do emprego de processos científicos.
 O ensino é considerado uma parte da educação e a sua intenção é a aprendizagem do indivíduo, havendo a necessidade de que aquilo a ser ensinado tenha condições de ser aprendido pelo aluno.
Educação é um conceito mais complexo, se refere ao desenvolvimento da pessoa, sua trajetória de vida, desde o seu nascimento até a sua morte. Ou seja, é tudo o que podemos aprender durante o processo da nossa existência, visto que o ser humano nunca para de aprender (JUSTINO, 2011).
Portanto a pesquisa precisa estar presente na sala de aula, no planejamento do professor e na aprendizagem do aluno, pois ao desenvolver uma pesquisa sobre as determinantes da prática (metodologias, avaliações, conteúdos, processo de ensino-aprendizagem, contexto escolar, focos de problemas etc.) o professor tem acesso a conhecimentos e habilidades que o ajudarão a compreender o porquê daquela ação, se a mesma está em consonância com os pressupostos legais, metodológicos, e se constituem ações significativas, estimulantes e desafiadoras para os alunos. (CORTELAZZO, 2006).
E para desenvolver uma ação educativa realmente significativa é necessário ao professor utilizar todos os recursos disponíveis para a efetivação da aprendizagem. Os materiais didáticos são recursos humanos e materiais empregados para auxiliar e beneficiar o processo de ensino e aprendizagem. É importante que o professor se aproprie dos diferentes materiais didáticos a fim de tornar suas aulas significativas, estimulantes e lúdicas.
Em relação à classificação dos materiais didáticos, segundo Justino (2011), compreende-se:

10 de dez. de 2012

Alfabetizar, Letrar ou ambas as coisas?

DICAS DE LEITURA LIVRO PRÁTICAS ALFABETIZADORA NAS SÉRIES INICIAIS

                                     LIVRO BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Realizei uma resenha do livro “Da Alfabetização ao Letramento”. Pois esse material é de extrema importância para os professores que estão querendo refletir sobre a sua prática educativa, buscando estratégias diferenciadas no processo alfabetização-letramento de seus alunos.
O objetivo do livro é levar o leitor a refletir como se desenrola o processo de alfabetização na perspectiva do letramento. Os conceitos discutidos pela autora Josiane Cardozo Kieckhoelfel demonstram como ocorre esse processo, bem como traz a contribuição das diferentes tendências e métodos nesse campo educativo.
A autora inicia a sua obra analisando as transformações que o processo de aquisição da leitura e da escrita teve no Ocidente, na América do Norte e do Sul, ao longo do tempo, constatando que esse processo teve três períodos distintos: Estudo dos Métodos; Fracasso Escolar; e, por último, busca de resposta para a pergunta “Como se dá a aquisição do conhecimento?”

7 de nov. de 2012

A face de um revolucionário - Carlos Marighella

Mariguella2.jpg (14145 bytes) Carlos Marighella nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911. Era filho de imigrante italiano com uma negra descendente dos haussás, conhecidos pela combatividade nas sublevações contra a escravidão.
De origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo.
Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy  Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no 3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de Janeiro.
            Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller. Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela “macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de uma tenacidade impressionante.
Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.

12 de set. de 2012

Guia do estudante no Enem: novas regras da redação

Créditos: Nirley Sena



No ano de 2011 mais de 120 estudantes entraram na Justiça para pedir vistas da prova do Enem, por não concordarem com o resultado obtidos na redação. O caso teve tal repercussão que o Mec decidiu otimizar esse serviço e desenvolveu um manual explicando passo a passo ao aluno de como desenvolver uma redação de qualidade. O manual tem como objetivo tornar mais explícitos os procedimentos de correção da prova, além de trazer exemplos de redações anteriores, o Mec também investiu em qualificação para os avaliadores que buscaram melhorar o processo de avaliação evitando erros costumeiros.
O documento, destinado aos mais de 5,7 milhões de estudantes inscritos na avaliação, esclarece em 48 páginas, detalhes das novas regras de correção da prova, que acontece entre os dias 3 e 4 de novembro. 
O guia do participante terá tiragem inicial de 1,7 milhões de cópias, a serem distribuídas às escolas públicas de todo o País. Haverá também cópias em Braille e na forma ampliada, para pessoas com déficit de visão.
      De acordo com o MEC, as redações passarão a ser avaliadas por dois corretores independentes, que avaliarão cinco competências. Se houver uma diferença de 200 pontos entre as duas as correções, a nota final será feita a partir de uma média aritmética das duas avaliações. No ano passado, a margem de dispersão era de 300 pontos. Com esses novos critérios os alunos ganham em qualidade, segurança e transparência do exame.
       Se a diferença final da nota entre os dois avaliadores for maior que 200 pontos, haverá uma terceira correção. Em caso de reincidência, uma banca com outros três avaliadores irá corrigir a redação e decidir sobre a atribuição da nota.
        No manual, o Ministério da Educação também selecionou  exemplos de redações que tiveram nota 1.000 no Enem 2011. No Guia considera-se que seus autores "desenvolveram o tema de acordo com as exigências do texto dissertativo-argumentativo" e demonstraram "domínio da norma culta de língua escrita".

      Segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, o objetivo do guia é "tornar o mais transparente possível a metodologia de correção da redação, além de explicar o que se espera do participante em cada uma das competências avaliadas".


"Queremos que o Guia contribua para aperfeiçoar o estudo, exemplificar os critérios e mostrar como se faz uma boa redação".

A prova de redação exigirá do participante a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos a serem avaliados relacionam-se às

11 de set. de 2012

Organização do trabalho pedagógico via Colegiados

Com o intuito de conhecer mecanismos de gestão democrática na gestão escolar, realizamos uma entrevista com um pedagogo de uma Escola de Educação Básica na nossa cidade.
Levantamos questões pertinentes como: em sua opinião qual instrumento via colegiado é significativo para o desenvolvimento de uma gestão democrática participativa na escola? Como funcionam e quem participa?
O pedagogo deu a seguinte resposta: “O conselho de classe e o conselho escolar constituem mecanismos importantes, pois são espaços de discussão, deliberação e participação nas tomadas de decisões, neles participam pais, alunos, professores, diretor e demais profissionais da educação. O grêmio estudantil, APP e as Assembleias, também são fundamentais, uma vez que propiciam a participação e a democracia nas decisões tomadas pela equipe diretiva, comunidade escolar e professores na melhoria do processo de ensino e aprendizagem”.
Diante desse contexto, vimos a necessidade de pesquisar sobre os principais mecanismos de gestão democrática participativa na escola por meio da instituição de colegiados – Conselho escolar, Conselho de Classe e Assembleias Gerais –, delineando suas características e seu funcionamento à luz da teoria de Soares (2011):

Aspectos históricos da Constituição de 1891 na educação

O contexto histórico, político e econômico exercem influência sobre as preposições para a educação e a escolarização, em cada momento histórico e social. Conhecer as implicações da educação do passado em documentos legais da época nos auxilia a perceber as determinantes da prática pedagógica que pretendemos desenvolver baseadas em concepções e entendimentos pertinentes à ação educativa.
Por esse motivo vimos a necessidade de pesquisar a Constituição de 1891, pois constitui um marco para o inicio das propostas que defendemos atualmente na área educativa. Para esse estudo nos limitaremos a estudá-la nos seguintes aspectos: quem é considerado cidadão; direito dos cidadãos; finalidade da educação (por modalidades/níveis) entre outros dados interessantes buscando compreender se as finalidades contidas nesse documento se relacionam com os ideais republicanos e positivistas da época.
O panorama educacional no século XIX, trouxe mudanças importantes, tanto no âmbito político – o país passou de colônia à império e deste para República -  quanto nos aspectos econômicos e social. O que implicou uma nova conformação, novas relações trabalhistas, e uma urbanização que, embora pouco aparente aos dias de hoje, na época foi muito relevante.
No campo educacional, só ocorreram mudanças políticas definindo novos rumos para a escolarização a partir da Republica, em 1989, com base em princípios que pregavam a civilização, a moralidade e a modernidade, do país e da sua população, e um intenso debate intelectual acerca da educação, que embora fosse heterogênea, via a escola como instituição fundamental.

Diretrizes Curriculares Nacionais

As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) é o documento que contém as normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As DCNs têm origem na LDB 9.394 de 1996, que assinala ser incumbência da União estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum (CORDIOLLI, 2011).
A ideia das Diretrizes Curriculares Nacionais considera a questão da autonomia da escola e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a desenvolver o seu currículo, emendando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos necessários para a formação das competências que estão especificadas nas diretrizes curriculares. Desse modo, a escola precisa trabalhar esse conteúdo dentro da realidade do aluno e comunidade, considerando o tipo de pessoas que atende, a região em que está inserida e outros aspectos locais relevantes.

O papel do jogo na história social da criança


Na Idade Média, os jogos eram basicamente destinados aos homens, visto que as mulheres e as crianças não eram consideradas cidadãs e, por conseguinte, estando sempre à margem, não participavam de todas as atividades organizadas pela sociedade. Porém, em algumas ocasiões nas quais eram realizadas as festas da comunidade, o jogo funcionava como um grande elemento de união entre as pessoas (ARIÈS, 1981, p. 69).
Diferente do trabalho a que se submetiam todos os dias, para as pessoas da Idade Média, os jogos representavam um espaço de tempo para descontração, além de um momento único de integração: “os jogos e divertimentos estendiam-se muito além dos momentos furtivos que lhes dedicamos: formavam um dos principais meios de que dispunha uma sociedade para estreitar seus laços coletivos, para sentir-se unida”. (ARIÈS, 1981, p. 94).
Com relação às crianças, que eram vistas como adultos em miniatura, na maioria das vezes somente os meninos podiam participar dos jogos e brincadeiras com os adultos.

14 de ago. de 2012

O papel do brinquedo no desenvolvimento na perspectiva de Vygotsky

Definir o brinquedo como uma atividade que dá prazer à criança é incorreto por duas razões. Primeiro, muitas atividades dão à criança experiências de prazer muito mais intensas do que o brinquedo, como por exemplo, chupar chupeta, mesmo que a criança não se sacie. E, segundo, existem jogos nos quais a própria atividade não é agradável, como por exemplo predominantemente no fim da idade pré-escolar, jogos que só dão prazer à criança se ela considera o resultado interessante. Os jogos esportivos (não somente os esportes atléticos, mas também outros jogos que podem ser ganhos ou perdidos) são, com muita freqüência, acompanhados de desprazer, quando o resultado é desfavorável para a criança.
No entanto, enquanto o prazer não pode ser visto como uma característica definidora do brinquedo, parece-me que as teorias que ignoram a fato de que o brinquedo preenche necessidades da criança, nada mais são do que uma intelectualização pedante da atividade de brincar. Referindo-se ao desenvolvimento da criança em termos mais gerais, muitos teóricos ignoram, erroneamente, as necessidades das crianças - entendidas em seu sentido mais amplo, que inclui tudo aquilo que é motivo para a ação. Freqüentemente descrevemos o desenvolvimento da criança como o de suas funções intelectuais; toda criança se apresenta para nós como um teórico, caracterizado pelo nível de desenvolvimento intelectual superior ou inferior, que se desloca de um estágio a outro. Porém, se ignoramos as necessidades da criança e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação, nunca seremos capazes de entender seu avanço de um estágio do desenvolvimento para outro, porque todo avanço está conectado com uma mudança acentuada nas motivações, tendências e incentivos.
Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de interessar uma criança um pouco maior. A maturação das necessidades é um tópico predominante nessa discussão, pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo. Se não entendemos o caráter especial dessas necessidades, não podemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.
A tendência de uma criança muito pequena é satisfazer seus desejos imediatamente; normalmente, o intervalo entre um desejo e a sua satisfação é extremamente curto. Certamente ninguém jamais encontrou uma criança com menos de três anos de idade que quisesse fazer alguma coisa dali a alguns dias, no futuro. Entretanto, na idade pré-escolar surge uma grande quantidade de tendências e desejos não possíveis de serem realizadas de imediato. Acredito que, se as necessidades não realizáveis imediatamente não se desenvolvessem durante os anos escolares, não existiriam os brinquedos, uma vez que eles parecem ser inventados justamente quando as crianças começam a experimentar tendências irrealizáveis. Suponha que uma criança muito pequena (talvez com dois anos e meio de idade) queira alguma coisa - por exemplo, ocupar o papel de sua mãe. Ela quer isso imediatamente. Se não puder tê-lo, poderá ficar muito mal humorada; no entanto, comumente, poderá ser distraída e acalmada de forma a esquecer seu desejo. No início da idade pré-escolar

Quem não lê não escreve




Bill Gates afirmou: "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros"

       É alarmante o fato de que apenas 1% dos alunos brasileiros da 3ª série do 2º grau (ou seja, os que se preparam para ingressar na universidade) tenha domínio adequado do idioma português.
     O resultado, expresso em pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), deve servir de alerta para os responsáveis pela gestão do ensino, os professores e os pais de alunos. Não é sem razão que os estudantes brasileiros reagiram de forma tão contundente ao "provão" instituído pelo Ministério da Educação, que expõe o despreparo com que nossos alunos saem das universidades. O problema apontado pela pesquisa, que inclui outras áreas do conhecimento, como a matemática, poderia ser simplesmente atribuído, numa análise mais simplista e superficial, à má qualidade do ensino público. 
      O estudo, entretanto, também abrange os alunos das escolas particulares, nas quais, em tese, se pratica ensino de melhor nível. Fica claro que a questão é mais abrangente e grave, merecendo a atenção de toda a sociedade e das autoridades neste final de século. Seria ingenuidade, para não falar em omissão histórica, imaginar que possamos conquistar o desenvolvimento sem preparar adequadamente nossos jovens para um mundo em que a informação, em todas as áreas do conhecimento humano, será um diferencial decisivo para delimitar o grau de independência e competitividade de países, empresas, instituições e, sobretudo, indivíduos. Não bastam tecnologia de ponta, redução de custos, programas de qualidade e produtividade. 
      Para participar da globalização com vantagens competitivas, o Brasil precisa de valores humanos, cujos talento, cultura, criatividade e preparo são requisitos fundamentais ao desenvolvimento. Observa-se no país, contudo, uma perigosa desvalorização da cultura básica, da erudição e do conhecimento. A informação científica e humanística é "pelletizada" em apostilas, na "indústria" do vestibular ou na realidade virtual da multimídia eletrônica. A grande maioria dos cursos de 2º grau e "cursinhos" prepara o aluno apenas para realizar a prova, mas não desenvolve nele o raciocínio, o senso crítico e o conhecimento de base. Obras literárias importantes são resumidas, de forma pobre e descaracterizada, em poucos parágrafos. As apostilas são confeccionadas sem estudos prévios, ao contrário do que ocorre com os livros, que demandam anos de pesquisa por profissionais, especialistas, intelectuais, escritores e cientistas, contendo ilustrações detalhadas e informações completas. Já sem cultura básica, nossos jovens também não são estimulados à leitura de jornais e revistas, que também se constituem em fonte imprescindível de informação e formação. 
     Os estudantes sabem manipular com habilidade os microcomputadores, em casa e, de forma crescente, também nas escolas, públicas e privadas. "Navegam" com fluidez na Internet, mas não são capazes de interpretar um texto de Machado de Assis; são verdadeiros ases das artes marciais dos jogos eletrônicos virtuais, mas não conseguem redigir um texto com princípio, meio e fim, estilo, forma e linguagem; ``conversam'' com colegas de outros continentes, via modem, mas atentam contra o idioma com seu pobre vocabulário. Nossos jovens têm acesso a todos os canais da era da informação, mas não têm informação. Por isso, no ano decisivo de disputa de uma vaga na universidade, recorrem a cursos especializados em vestibulares, que treinam, mas não ensinam. As escolas brasileiras não possuem bibliotecas. As raras existentes são incompletas e, o que é pior, pouco frequentadas. Em casa, a leitura de livros, igualmente, não é estimulada. Nada contra a informática, a multimídia e a realidade virtual. É inadmissível, porém, a ausência de formação intelectual e a alienação diante da realidade tangível. Para reverter esse quadro -uma responsabilidade de autoridades, educadores, professores e pais-, não basta oferecer aos alunos os imprescindíveis livros didáticos.
    É preciso oferecer-lhes incentivo e meios de lerem os principais autores nacionais e estrangeiros, da literatura de ficção e não-ficção, jornais, revistas e obras científicas e humanísticas. Essa é a forma de construirmos uma sociedade inteligente, culta e capaz de conduzir o Brasil a um destino melhor. Como reflexão, fica o alerta de Bill Gates, o multimilionário gênio da informática, que, sem qualquer constrangimento, afirmou: "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros". Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever -inclusive a sua própria história. 

Wander Soares
Fonte: http://www.bibliotecavirtual.com.br

Simbolismo na Literatura brasileira


DICA DE LEITURA LIVRO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS



O Simbolismo, movimento literário que antecedeu a Primeira Guerra Mundial (1913-1918), surge como reação às correntes materialistas e cientificistas da sociedade industrial do início do século XX. A palavra simbolismo é originária do grego, e significa colocar junto.  Os simbolistas, negando os parnasianos, aboliram o culto à forma de suas composições. Resgatando um ideal romântico, os poetas desse período mergulharam no inconsciente, na introspecção do eu; entretanto o fizeram de maneira bem mais profunda que Garret, Camilo Castelo Branco e outros românticos.




Principais características do Simbolismo:

- Místicismo, imaginário;
- Subjetivismo, transcedentalidade, musicalidade;
- Individualista e intuitivo; 


Cronologia:

Século XIX
Portugal: Publicação de Oaristo (1890) de Eugênio de Castro.
1915: Ano da Proclamação da República, com a publicação da Revista Orpheu.
Brasil:
1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Sousa. Cabe lembrar que a poesia simbolista não teve no Brasil a mesma aceitação que na Europa. A divulgação dessa estética ocorreu paralela ao Parnasianismo.
1902, com a publicação de Canaã, de Graça Aranha.

Origem:

Em 1857, na França, Charles Baudelaire (1821-1867) publicou As Flores do Mal e em 1866 saiu o primeiro número da antologia Le Parnasse Contemporain. Nesta, foram expostas tanto composições simbolistas quanto produções  parnasianas. A poesia simbolista está ligada à idéia de decadência, daí seu primeiro nome ter sido Decadentismo; só mais tarde essa nova estética passou a chamar-se Simbolismo. Jean Moréas, teórico do grupo, em 1886 publicou um artigo chamado O século XX, que definia o movimento como "não tanto em seu tom decadente quanto em seu caráter simbólico"; essa publicação colocou um ponto final na nomeação da nova estética, que passou a chamar-se Simbolismo. Tendo por base as idéias de Moréas, Eugênio de Castro lançou o movimento em Portugal com Oaristo; o nome dessa obra, em grego, significa "Diálogo intímo". No Brasil,  o movimento chegou, sem influências portuguesas, com a publicação de Missal e de Broqueis, ambas de Cruz e Souza.

Características:

O Simbolismo representa uma espécie de volta ao Romantismo, especificamente ao "mal do século", que marcou a segunda fase romântica. Mas o mergulho simbolista no universo metafísico foi mais profundo que a imersão no movimento anterior. Os simbolistas buscavam integrar a poesia na vida cósmica, usando uma linguagem indireta e figurada. Cabe ainda ressaltar que a diferença entre o Simbolismo e o Parnasianismo não está primeiramente na forma, já que ambos empregam certos formalismos (uso do soneto, da métrica tradicional, das rimas ricas e raras e de vocabulário rico), mas no conteúdo e na visão de mundo do artista. Apesar de seguir alguns efeitos estéticos do Parnaso, esse movimento desrespeitou a gramática tradicional com o intuito  de não limitar a arte ao objeto, trabalhando conteúdos místicos e sentimentais, usando para tanto a sinestesia (mistura de sensações: tato, visão, olfato...). Essa corrente literária deu atenção exclusiva à matéria submersa do"eu", explorando-a por meio de uma linguagem pessimista e musical, na qual a carga emotiva das palavras é ressaltada; a poesia aproxima-se da música usando aliterações.

Autores portugueses

Eugênio de Castro (1869/1944)
Motivado pela influência recebida em sua estada na França, Castro, formado em Letras na Universidade de Coimbra, inaugura o Simbolismo português com Oaristo, cuja técnica é baseada na poesia de Paul Verlaine. Massaud Moisés, estudioso da Literatura, assinala que, apesar de fazer uso de prefácios polêmicos e agressivos para inserir os pressupostos da estética simbolista em seus livros, esse artista revela uma tendência inata para o equilíbrio clássico, para a contenção e para o formalismo de tradição. Essa tendência vai substituindo de forma gradativa a postura simbolista.

Características

A produção literária de Eugênio de Castro apresenta versos livres, vocabulário erudito, pessimismo e ambigüidade nos temas trabalhados(blasfêmias-liturgia; ocultismo-catolicismo).
Obras:
Oaristo (1890), Horas (1891), Silva e Interlúdio (1894).
Antônio Nobre (1867/1900)
Em 1892, Nobre, advogado formado em Paris, publica sua obra mais importante: , uma coletânea de poemas em que utiliza uma linguagem coloquial,  para voltar ao passado, à infância. Sua produção revela uma hipersensibilidade, um forte sentimento de tristeza e de completa inadaptação ao mundo. Suas descrições são preenchidas por ambientes vagos ou nebulosos; por esses motivos, o poeta é chamado de crepuscular, ou seja, um artista voltado para as horas de recolhimento.

Características:

A produção literária de Antônio Nobre apresenta vocabulário simples, temas coloquiais, apego à terra, às raízes populares;  descrição de seu exílio parisiense e egocentrismo.
Obras:
(1892), Despedidas (1902), Primeiros Versos (1921) e Alicerces (1983).
Camilo Pessanha (1871/1926)
Pessanha, estudioso da civilização chinesa, morreu em Macau. É considerado o maior  simbolista português. Alguns de seus poemas foram publicados na revista Centauro em 1916, graças ao interesse e esforço de João de Castro Osório. Mais tarde, em 1920, conseguindo outras composições às quais reuniu as já publicadas, publicou Clepsidra. O nome da obra significa relógio movido a água.

Características:

Suas composições trabalham temas sentimentais, apresentam uma musicalidade marcante e uma postura de resignação diante da adversidade. Esse quadro compõe imagens fugidias, carregadas de pessimismo, e transitoriedade da vida.
Obra:
Clepsidra (1920).

Autores brasileiros

Cruz e Souza
Nasceu em Santa Catarina, no ano de 1861 e faleceu em Minas Gerais, em 1898. Apesar de ser filho de negros escravos, teve uma excelente educação, falava francês, latim e grego. Foi nomeado promotor em Laguna, SC, mas não assumiu seu posto, devido a preconceitos raciais. Em 1886, mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como arquivista da Central do Brasil e secretário e ponto de uma companhia dramática. Em 1885, publicou um volume intitulado Tropos e Fantasias, em colaboração com Virgílio Várzea, com quem já tinha dirigido um jornal abolicionista, o Tribuna Popular. Em 1893, lançou Missal e Broquéis.
O poeta teve quatro filhos; destes, morreram dois. Sua mulher enlouqueceu; além disso, a família tinha uma péssima situação econômica. Todos esses acontecimentos afetaram profundamente a vida desse artista, que morreu tuberculoso em 1898.

Características:

Sua produção literária é carregada ora de erotismo e satanismo, ora sde misticismo. As composições apresentam  uma visão trágica da vida e busca de transcedência (eu x mundo). O poeta, usando um vocabulário litúrgico e apresentando obsessão pela cor branca, cria analogias e correspondências entre o concreto e o abstrato.

Obras:

Tropos e Fantasias

Missal e Broquéis, 1893 (poesia)

Evocações, 1898 (prosa)

Faróis, 1900 (poesia)
Últimos Sonetos, 1905 (poesia)

Alphonsus de Guimaraens
(O solitário de Mariana ou O Poeta Lunar)

Nasceu em Ouro Preto (1870) e faleceu em Mariana, Minas Gerais, em 1921.
Formou-se em Direito, tendo sido promotor e juiz. A noiva morreu quando ambos tinham dezoito anos; ele nunca superou este ocorrido, apesar de ter-se casado e ter tido quatorze filhos. Viveu isolado do mundo literário de sua época, o que lhe valeu o apelido de "O solitário de Mariana".


Características:

Sua obra revela um apelo constante à memória e à imaginação, os versos são melancólicos, dotados de uma musicalidade marcante. Religião, Natureza e Arte servem de apoio para a exploração de seu tema preferido: a morte da amada.

Obras:


Setenário das Dores de Nossa Senhora (1899)

Câmara Ardente (1899)

Dona Mística (1899)
Kyriale (1902)
Pauvre Lyre (1921)
Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923)

Nas Artes os pintores simbolistas desenvolveram o pensamento de que a cor poderia ser usada tanto para descrever como para expressar idéias parecidas, com a linha e a forma. Ao rejeitar o naturalismo e o realismo estabeleceram as idéias como ponto de partida para a arte.


Referência:

 Literatura Brasileira (das origens aos nossos dias) José de Nicola - Editora Scipione, 1999.

Curiosidades bizarras, esdruxulas e engraçadas



VOCÊ SABIA?


 Se você gritar durante 8 anos, 7 meses e seis dias, produzirá energia sonora suficiente para esquentar uma xícara de café. (Acho que não vale a pena!)
Se você soltar pum direto durante 6 anos e 9 meses, produzirá gás suficiente para criar a energia de uma bomba atômica.
 A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar sangue a uma distância de 9 metros.
 De um modo geral, as pessoas têm mais medo de aranhas do que da morte.
 O músculo mais forte do corpo e a língua.
 O crocodilo não consegue mostrar a língua. (Nunca vi uma língua de crocodilo...)
 A formiga sempre cai para o lado direito quando intoxicada. (Quem descobriu isso??)
 Os ursos polares são canhotos. (Quem descobriu isso também??)
 A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o comprimento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol.
A barata consegue sobreviver por nove dias sem a cabeça antes de morrer de fome. (Argh!)
O paladar das borboletas esta nos pés. (Eu,hein?!?)
Os elefantes não conseguem pular.
O olho de uma avestruz é maior do que o seu cérebro.
Estrelas do mar não têm cérebro.
Suco previne o envelhecimento precoce (vamos beber muito suco então!).
O bicho mais forte do mundo é o besouro-rinoceronte, suportando até 850 vezes seu peso, se comparássemos o ser humano, seria como se um homem de 70kg conseguisse levantar 60 toneladas.
O látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas.
As serpentes que comem outras serpentes, como a muçurana (Clelia scytalina), não inoculam o veneno para paralisar a presa. Elas a engolem de uma vez, pela cabeça.

A reciclagem do lixo começa em casa


Somos um país que desperdiça muitos materiais que poderiam ser reaproveitados. Temos indústrias que dominam técnicas de reutilização de papel, papelão, plástico, alumínio, vidro, embalagens de papelão com alumínio por dentro, convertendo esses produtos em matéria prima.
Precisamos ter consciência do que o lixo representa em nossa vida, e de quanto o lixo não-tratado constitui agressão ao ambiente. Podemos fazer a seleção do lixo em nossa própria casa, doando ou vendendo o que pode ser reciclado ou reaproveitado. Além de diminuir a quantidade de resíduos nos depósitos de lixo, que interferem no ambiente, o reaproveitamento e a reciclagem representam economia, gerando empregos e renda para países em desenvolvimento como o nosso. Devemos também pensar que as atuais reservas naturais de muitos materiais irão se esgotar brevemente (como o cobre); e que outros têm alto custo de obtenção.
Se separarmos os vários tipos de materiais que vão para o lixo (papel, vidro, metal, plástico), facilitamos o reaproveitamento. Em várias cidades já foram instalados Postos de Entrega Voluntária de lixo (por exemplo, Curitiba), em lugares para onde a população pode levar os materiais previamente separados (em geral, são latões ou caçambas de cores diferentes para cada tipo de material).
Devemos aprender a produzir menos lixo e a não misturar o que, separado, teria seu valor. Lixo não é outra coisa senão material bom no lugar errado.






(Extraído de "Ecologia: do jardim ao poder". Ciência Hoje das crianças. Porto Alegre. 1985.).

1 de jul. de 2012

Horta na escola: espaço de brincadeira e aprendizagem




1ª etapa: Atividade pedagógica interdisciplinar

Montar uma horta na escola é um trabalho grandioso, pois este é um tema rico que possibilita ao professor a abrangência de várias disciplinas.
É uma atividade que envolve muito os alunos, já que trabalhar com terra aumenta a disposição e a energia do corpo, proporcionando prazer, aliviando o estresse da sala de aula e deixando todos mais calmos.
O professor deve montar um projeto de acordo com a idade de seus alunos e discutindo com os mesmos sobre quais plantas preferem trabalhar, definindo o dia em que irão começar a atividade bem como os materiais necessários para a organização da horta escolar.
Antes de iniciar a atividade, deverá propor os combinados com a turma, a fim de estabelecer as regras de conduta durante a atividade e controlar melhor os alunos mais ansiosos. Normalmente as crianças indisciplinadas participam muito bem desse tipo de atividade, pois é um momento de liberdade para eles.
Dependendo do tamanho da horta, a turma poderá ser dividida em grupos, como de limpeza da terra, de aragem da mesma, de plantio das sementes, de regar e um outro grupo para fazer as anotações escritas de todos os passos. A cada visita à horta os alunos deverão ser revezados nas atividades, para todos terem oportunidade de manuseio da mesma.
Em sala deverão discutir as etapas trabalhadas, onde cada aluno se expressará contanto como foi vivenciar a experiência. É bom que se discutam também sobre as anotações feitas pelo grupo responsável, a fim de aumentar a riqueza das discussões.
Em ciências, poderão observar o crescimento das plantas e fazer relatórios descritivos do processo, desde a germinação, tamanho e as transformações das mesmas, a cada visita à horta. O professor pode aproveitar esses relatórios para analisar a capacidade de produção de texto dos alunos, bem como ortografia e gramática, que se encaixaria em português.
Sabe-se que é comum aparecerem pequenas pragas em hortas. Assim, ainda em ciências, o professor poderá produzir com os alunos receitas de pulverizadores naturais, enfatizando os males dos agrotóxicos para a saúde do homem. 
Poderão pesquisar em revistas, jornais e internet materiais para a montagem de um painel, classificando as plantas como verduras e legumes e, para as séries mais adiantadas, explorar mais a classificação, como o reino e as espécies das mesmas, bem como as regiões e os climas adequados para cada uma delas (natureza e sociedade).
Em matemática poderão explorar conteúdos como quantidade de sementes, o peso das mesmas ao adquiri-las, os litros de água necessários para fazer a irrigação da horta, quantos quilogramas utilizados de adubo e terra. Outra possibilidade é medir as dimensões dos canteiros e, à medida que as plantas forem crescendo, medir também a altura as mesmas, a espessura de seus talos, observar a textura das folhas, etc.
Os alunos poderão desenvolver textos relatando a importância de mantermos uma boa alimentação, com nutrientes necessários ao organismo. Outro caminho é criar um texto sobre hortaliças, as propriedades medicinais das mesmas e a forma como gostam de consumi-las, se em chás, sanduíches ou saladas.
        E quando a horta estiver bem montada, com as plantas em tamanhos já adequados para serem colhidas, os alunos poderão desenvolver receitas culinárias de saladas, sanduíches, tortas salgadas e sucos que poderão ser degustados na hora do lanche. É interessante também que convidem uma turma para compartilhar esse momento de descontração e prazer.

 Por Jussara de Barros, Graduada em Pedagogia, Equipe Brasil Escola (http://educador.brasilescola.com).






2ª etapa: Montando a horta e colhendo os frutos

Escolha do local
Sol e água são prioridades na vida das plantas e, por isso, o lugar onde serão montados os canteiros tem de receber, no mínimo, cinco horas diárias de luz solar e ter por perto uma fonte de água limpa.

Solo
O melhor tipo de solo para a agricultura é o areno-argiloso. Ele apresenta todas as propriedades necessárias para o desenvolvimento das plantas. É possível descobrir o tipo de solo por meio de experiências simples. Veja a seguir duas opções:

1ª experiência
Cave um buraco de 15 a 20 centímetros de profundidade e coloque a terra retirada em um recipiente de vidro liso e transparente. Complete com água e agite bem. Deixe a mistura descansar até que a terra assente. A camada escura que se forma na superfície é composta de húmus. Logo abaixo, forma-se uma camada constituída de partículas finas, indicando a presença da argila. No fundo, depositam-se grãos mais grossos, de areia. Se dentro do vidro houver menos de 15 % de argila, o solo é considerado arenoso. De 20 a 40 % de argila, é areno-argiloso. E acima de 40 % de argila, o solo é argiloso. Se houver menos de 5 % de argila, conclui-se que naquela parte do solo existe apenas matéria orgânica.

2ª experiência
Amasse um punhado de terra úmida com as mãos. Em seguida bata com força uma palma na outra. Se as mãos ficarem sujas, tingidas, cheias de terra nas linhas e nas marcas digitais, o solo pode ser considerado argiloso. Caso as mãos fiquem limpas e grãos de areia raspem as palmas, o solo é arenoso. Conforme o caso, incorpore terra argilosa, areia e esterco ao solo, até chegar à proporção de três medidas de terra argilosa, duas de esterco (de preferência, de gado e bem curtido) e uma de areia.

Montagem dos canteiros
Para trabalhar com crianças e adolescentes, o ideal é que os canteiros tenham 2 metros de comprimento por 1 de largura e, no mínimo, 50 centímetros entre um canteiro e outro. A profundidade deve ser de 30 a 40 centímetros. Para segurar a terra nas laterais da horta, pode-se utilizar tijolos ou bambu.

Semeadura
Existem duas formas de semeadura, a direta e a feita em sementeira. Na direta, as hortaliças são semeadas nos canteiros e ficam ali até a época da colheita, como beterraba, cenoura, espinafre, rúcula, almeirão, salsa e coentro. A profundidade da linha de semeadura deve ser de dois centímetros para as sementes menores e de dois e meio para as maiores, como a beterraba e o espinafre. A precisão na semeadura é muito importante, pois se as sementes ficarem muito fundas, não germinam e se ficarem no raso, podem ser levadas pela água.
No caso das sementeiras, as hortaliças são semeadas primeiramente numa caixa e depois transplantadas para o canteiro. Isso é feito para que as mudas se desenvolvam com mais força. O procedimento é indicado para o plantio de alface, chicória, mostarda, couve, repolho e cebolinha. Para a alface, chicória e mostarda, o espaço entre as mudas deve ser de 1 palmo. Já a couve e o repolho precisam de 3 palmos. No transplante, tome cuidado para não danificar a raiz. Faça-o sempre no final do dia, seguido de rega do canteiro.

Tempo para transplante
·         Alface e chicória: assim que apresentar de quatro a seis folhas;
·         Couve, repolho e cebolinha: 30 dias

Época de colheita
·         Rabanete: 35 dias;
·         Alface, chicória, almeirão e rúcula: 40 dias;
·         Espinafre: 60 dias;
·         Salsa: 70 dias;
·         Beterraba e cenoura: 90 dias.

Rega
É um dos principais momentos do cultivo de uma horta. Sem a rega, é impossível o bom desenvolvimento de qualquer planta. Ela deve ser feita de manhã bem cedo. No caso de dias muito quentes, regue também no final da tarde. Em regiões de clima mais ameno, uma rega ao dia é suficiente. O solo do canteiro ou a terra da sementeira deve receber água de maneira uniforme, até que infiltre abaixo das sementes ou raízes, sempre tomando cuidado para não encharcar a terra.

Colheita
É feita de duas maneiras: arranco e corte. Para alface, chicória, mostarda, beterraba, cenoura e rabanete, basta arrancar. Salsa, cebolinha e rúcula devem ser cortadas três dedos acima do solo Se a salsa e a cebolinha forem cortadas corretamente, poderão ser colhidas muitas vezes. Rúcula e almeirão, no entanto, podem ser colhidos, no máximo, sete vezes.
O almeirão deve ser cortado rente ao solo. No caso do espinafre, deve-se cortar apenas os ramos maiores. Para a couve, retire as folhas maiores com cuidado para não danificar os brotos centrais. Tanto o espinafre quanto a couve podem ser colhidos diversas vezes.

Controle de pragas e doenças
Para evitar o aparecimento de pragas e doenças, alguns cuidados devem ser tomados. O ideal é não cultivar uma única hortaliça no canteiro, pois cada planta retira um tipo de nutriente do solo e atrai um diferente tipo de praga.
Nas bordas dos canteiros, cultive salsa, cebolinha e coentro. Eles funcionam como repelentes para alguns bichinhos acostumados a atacar as hortaliças. Numa metade, cultive alface. Na outra, beterraba. Esse procedimento ajuda a equilibrar a retirada das vitaminas do solo e confunde os bichinhos que atacam as plantas pelo cheiro, cor e forma das folhas.
O cultivo de ervas medicinais, como melissa, capim-cidreira, poejo, hortelã, menta e boldo ao redor da horta, também é muito eficaz para espantar algumas pragas. A erva-doce atrai para si o pulgão que costuma atacar a couve. Se houver poucas plantas de couve na horta, pode-se fazer a lavagem das folhas retirando todos os pulgões. Se não resolver, o ideal é aplicar a calda de fumo.

Receita da calda de fumo
Ingredientes:
50 gramas de fumo de corda picado
1 litro de água
1 colher de café de pimenta-do-reino
Preparo:
Ferva a água com o fumo picado até a mistura ficar bem escura. Deixe esfriar, coe e acrescente a pimenta. No caldo, acrescente mais cinco litros de água e pulverize as folhas no final da tarde.
Não molhe as folhas após a aplicação. Repita a operação até que os pulgões desapareçam. Consuma as folhas apenas dez dias após a última aplicação.

Por: Marcelo Alexander Mattiuci, coordenador de educação ambiental da Associação Ituana de Proteção Ambiental (http://www.aipa.org.br).