1 de jul. de 2012

Os Quatro Pilares da Educação





Os Quatro Pilares da educação foram definidos em um Relatório da Comissão Internacional sobre a Educação no Século XXI, intitulado: Educação um Tesouro a descobrir (1996). Ele busca o que há de comum no que se refere a ensino/aprendizagem em diversos países, e teve como principal pesquisador o político francês Jacques Delors.
Mesmo sendo criados em épocas diferentes, a pedagogia da presença e os Quatro Pilares da Educação “casam” perfeitamente as duas teorias, o que acaba levando os professores a unirem os conceitos e formarem uma única linha de trabalho. Os Quatro Pilares da Educação quebram desta forma, os paradigmas da educação tradicional, pois ultrapassam a visão quantitativa (quanto mais se ensina para o aluno melhor será para ele), fato hoje já considerado quase impossível, levando em consideração o número elevado de informações que as tecnologias de comunicação e informação – TICs – levam para os alunos. A intenção aqui não é somente obter resultados imediatos, mas formar cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade. Os Quatro Pilares da Educação estão relacionados aos quatro tipos de educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser.

APRENDER A CONHECER

O aprender a conhecer se refere ao processo cognitivo, a compreensão do que se aprende e a memória. O aluno aprende a conhecer não somente o conteúdo programático, mas aprende a descobrir o ambiente que o cerca sob vários aspectos; elevando assim, seu “espírito crítico”, desenvolvendo sua capacidade de discernir o certo e o errado por meio de sua autonomia. Aprender a conhecer, seria então o mesmo que aprender a aprender, desenvolvendo no aluno a vontade do saber, levando-o a se concentrar em suas atividades, a desenvolver a memorização e ao pensamento não somente dedutivo, mas intuitivo; levando-o a chegar a suas próprias conclusões. Para isso, voltemos ao capítulo que trata da importância do professor pesquisador, pois, neste caso ele deve ser atento e sensível as necessidades dos estudantes; levando em consideração os aspectos sociais, biológicos e psicológicos.

APRENDER A FAZER

O aprender a fazer, se refere à prática, ou seja, está diretamente ligado ao aprender a conhecer. É preciso que o aluno não só retenha as informações, mas que saiba analisar, correr riscos, que tenha coragem para executar a teoria e que aprenda a errar em busca do acerto. É importante ressaltar que o aprender a fazer, não se refere ao fazer exercícios que tenham haver com o conteúdo teórico; mas o fazer, preparando o aluno para enfrentar os desafios da vida, resolver os conflitos do dia-a-dia, ser cooperativos, trabalhar em grupo, ter humildade e respeito as diferenças, não ter medo de executar o que lhe for ensinado.

APRENDER A VIVER COM OS OUTROS

Ensinar a aprender a viver com os outros, é um grande desafio para os educadores, pois diz respeito a atitudes e valores, que os educandos já trazem de casa. Neste subitem, ressalta-se a não violência, o combate aos diversos tipos de preconceitos, a tolerância, a compreensão, entre outros. Desta forma exige-se que o professor tenha sensibilidade, tolerância, paciência e conhecimento da vida de cada educando; conhecendo a realidade em que cada aluno vive, o professor consegue analisar com mais precisão os pontos fracos e fortes para se trabalhar este campo.
Para aprender a viver com os outros, os alunos precisam, sobretudo ser capazes de evitar conflitos, se isto não for possível, que ao menos os resolva de forma pacífica, conhecendo os outros, suas culturas e espiritualidade, valorizando o que é comum entre eles e não as diferenças.

APRENDER A SER

O aprender a ser, está ligado ao aprender a conhecer, ao aprender a fazer e ao aprender a viver com os outros. Tem como finalidade o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos (espiritualidade, corpo, sensibilidade, responsabilidade). Está ligado ao saber viver com os outros no que se refere a vida em sociedade propriamente dita. Ele vai além, trabalha o desenvolvimento do individuo, forma pessoas autônomas, independentes, capazes de estabelecer relações inter/intrapessoais, ensinando-os a se comunicarem e intervirem de forma consciente e com discernimento. Só podemos viver bem com os outros, se soubermos lidar com nossas próprias emoções e frustrações. 

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