12 de set. de 2012

Guia do estudante no Enem: novas regras da redação

Créditos: Nirley Sena



No ano de 2011 mais de 120 estudantes entraram na Justiça para pedir vistas da prova do Enem, por não concordarem com o resultado obtidos na redação. O caso teve tal repercussão que o Mec decidiu otimizar esse serviço e desenvolveu um manual explicando passo a passo ao aluno de como desenvolver uma redação de qualidade. O manual tem como objetivo tornar mais explícitos os procedimentos de correção da prova, além de trazer exemplos de redações anteriores, o Mec também investiu em qualificação para os avaliadores que buscaram melhorar o processo de avaliação evitando erros costumeiros.
O documento, destinado aos mais de 5,7 milhões de estudantes inscritos na avaliação, esclarece em 48 páginas, detalhes das novas regras de correção da prova, que acontece entre os dias 3 e 4 de novembro. 
O guia do participante terá tiragem inicial de 1,7 milhões de cópias, a serem distribuídas às escolas públicas de todo o País. Haverá também cópias em Braille e na forma ampliada, para pessoas com déficit de visão.
      De acordo com o MEC, as redações passarão a ser avaliadas por dois corretores independentes, que avaliarão cinco competências. Se houver uma diferença de 200 pontos entre as duas as correções, a nota final será feita a partir de uma média aritmética das duas avaliações. No ano passado, a margem de dispersão era de 300 pontos. Com esses novos critérios os alunos ganham em qualidade, segurança e transparência do exame.
       Se a diferença final da nota entre os dois avaliadores for maior que 200 pontos, haverá uma terceira correção. Em caso de reincidência, uma banca com outros três avaliadores irá corrigir a redação e decidir sobre a atribuição da nota.
        No manual, o Ministério da Educação também selecionou  exemplos de redações que tiveram nota 1.000 no Enem 2011. No Guia considera-se que seus autores "desenvolveram o tema de acordo com as exigências do texto dissertativo-argumentativo" e demonstraram "domínio da norma culta de língua escrita".

      Segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, o objetivo do guia é "tornar o mais transparente possível a metodologia de correção da redação, além de explicar o que se espera do participante em cada uma das competências avaliadas".


"Queremos que o Guia contribua para aperfeiçoar o estudo, exemplificar os critérios e mostrar como se faz uma boa redação".

A prova de redação exigirá do participante a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos a serem avaliados relacionam-se às

11 de set. de 2012

Organização do trabalho pedagógico via Colegiados

Com o intuito de conhecer mecanismos de gestão democrática na gestão escolar, realizamos uma entrevista com um pedagogo de uma Escola de Educação Básica na nossa cidade.
Levantamos questões pertinentes como: em sua opinião qual instrumento via colegiado é significativo para o desenvolvimento de uma gestão democrática participativa na escola? Como funcionam e quem participa?
O pedagogo deu a seguinte resposta: “O conselho de classe e o conselho escolar constituem mecanismos importantes, pois são espaços de discussão, deliberação e participação nas tomadas de decisões, neles participam pais, alunos, professores, diretor e demais profissionais da educação. O grêmio estudantil, APP e as Assembleias, também são fundamentais, uma vez que propiciam a participação e a democracia nas decisões tomadas pela equipe diretiva, comunidade escolar e professores na melhoria do processo de ensino e aprendizagem”.
Diante desse contexto, vimos a necessidade de pesquisar sobre os principais mecanismos de gestão democrática participativa na escola por meio da instituição de colegiados – Conselho escolar, Conselho de Classe e Assembleias Gerais –, delineando suas características e seu funcionamento à luz da teoria de Soares (2011):

Aspectos históricos da Constituição de 1891 na educação

O contexto histórico, político e econômico exercem influência sobre as preposições para a educação e a escolarização, em cada momento histórico e social. Conhecer as implicações da educação do passado em documentos legais da época nos auxilia a perceber as determinantes da prática pedagógica que pretendemos desenvolver baseadas em concepções e entendimentos pertinentes à ação educativa.
Por esse motivo vimos a necessidade de pesquisar a Constituição de 1891, pois constitui um marco para o inicio das propostas que defendemos atualmente na área educativa. Para esse estudo nos limitaremos a estudá-la nos seguintes aspectos: quem é considerado cidadão; direito dos cidadãos; finalidade da educação (por modalidades/níveis) entre outros dados interessantes buscando compreender se as finalidades contidas nesse documento se relacionam com os ideais republicanos e positivistas da época.
O panorama educacional no século XIX, trouxe mudanças importantes, tanto no âmbito político – o país passou de colônia à império e deste para República -  quanto nos aspectos econômicos e social. O que implicou uma nova conformação, novas relações trabalhistas, e uma urbanização que, embora pouco aparente aos dias de hoje, na época foi muito relevante.
No campo educacional, só ocorreram mudanças políticas definindo novos rumos para a escolarização a partir da Republica, em 1989, com base em princípios que pregavam a civilização, a moralidade e a modernidade, do país e da sua população, e um intenso debate intelectual acerca da educação, que embora fosse heterogênea, via a escola como instituição fundamental.

Diretrizes Curriculares Nacionais

As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) é o documento que contém as normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As DCNs têm origem na LDB 9.394 de 1996, que assinala ser incumbência da União estabelecer, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum (CORDIOLLI, 2011).
A ideia das Diretrizes Curriculares Nacionais considera a questão da autonomia da escola e da proposta pedagógica, incentivando as instituições a desenvolver o seu currículo, emendando, dentro das áreas de conhecimento, os conteúdos necessários para a formação das competências que estão especificadas nas diretrizes curriculares. Desse modo, a escola precisa trabalhar esse conteúdo dentro da realidade do aluno e comunidade, considerando o tipo de pessoas que atende, a região em que está inserida e outros aspectos locais relevantes.

O papel do jogo na história social da criança


Na Idade Média, os jogos eram basicamente destinados aos homens, visto que as mulheres e as crianças não eram consideradas cidadãs e, por conseguinte, estando sempre à margem, não participavam de todas as atividades organizadas pela sociedade. Porém, em algumas ocasiões nas quais eram realizadas as festas da comunidade, o jogo funcionava como um grande elemento de união entre as pessoas (ARIÈS, 1981, p. 69).
Diferente do trabalho a que se submetiam todos os dias, para as pessoas da Idade Média, os jogos representavam um espaço de tempo para descontração, além de um momento único de integração: “os jogos e divertimentos estendiam-se muito além dos momentos furtivos que lhes dedicamos: formavam um dos principais meios de que dispunha uma sociedade para estreitar seus laços coletivos, para sentir-se unida”. (ARIÈS, 1981, p. 94).
Com relação às crianças, que eram vistas como adultos em miniatura, na maioria das vezes somente os meninos podiam participar dos jogos e brincadeiras com os adultos.