16 de jan. de 2013

Professora Helena da TV para a vida real

Estive passeando pelas infovias da net e encontrei um site que fala sobre todas as novelas e trás um toque de humor e realismo ao mesmo tempo. Entre os posts um me chamou a atenção pelo discurso que apresentava, trata-se de uma cronica que busca demonstrar que a vida do professor na 'telinha' é bem diferente da vida do professor na realidade. 
O site também acompanha o desenvolvimento das novelas e dos personagens, inclusive fala tudo sobre o Carrossel.

Crônica: A Verdadeira Professora Helena


Professa Helena Rosane Mulholland

O “Carrossel” é uma novela que nos convida a embarcar na imaginação, no sonho. Durante o tempo de exibição de cada capítulo, somos resgatados da cruel realidade para viver no doce mundo da Professora Helena.
Mas o que aconteceria se a trouxéssemos para o mundo real?



Entusiasmada para ensinar e fazer a diferença, Helena prestaria o concurso público. Enquanto espera impaciente pela efetivação, contenta-se com o cargo de professora substituta, a tal da categoria O, que de fato é o Ó.
A professora de matemática faltou, o de geografia exonerou e o de filosofia infartou. Chamem a substituta para distrair os alunos. E lá vai Helena de boa vontade tentar ensinar… Indisciplina no ar, autoridade no chão, muita pressão e nenhum recurso. O professor de química com licença premium, o de português com atestado… Quando já não há substituto para tanta falta, é o inspetor Firmino que fica a cargo da contenção social.
Helena descobre que a educação da realidade não é um Carrossel, mas sim um Trem Fantasma que só conhece quem está dentro. O pequeno salário atrasa, enquanto as despesas aumentam. Vem então a greve reivindicando respeito e zelo. Mais de cem dias na Bahia e a única conquista é a constatação de que a melhora não virá para a educação. Salve-se quem puder. Helena se desespera e manda seu currículo para as Casas Bahia.
Enquanto espera a salvação, ela tem de suportar as acusações de pais indignados com a greve, chateados porque a babá se recusa trabalhar. Dizem eles que lutar pela melhora na qualidade de ensino é coisa de vagabundo. Pais como o de Jaime Palilo, aqueles que defendem o professor, estão moribundos.

Salas com mais de 30 alunos, a maioria parentes do Paulo, carga horária com mais de quarenta aulas, verdadeiras batalhas. A utopia de Helena acabou, tudo que ela quer é que o sinal toque para se refugiar na sala dos professores e iniciar a terapia em grupo. É lá que Helena vira Nina desejando vingança: esse burros não terão futuro.

Fica feliz ao conseguir entrar num colégio particular, mas logo descobre que aquele não passa de um comércio sujo. Lá também é proibido reprovar. Pra quê o aluno vai se importar em estudar? A direção inventa gincanas e eventos para justificar o estupro de notas no fim de ano. A maioria tem que passar e ai do professor que se recusar, cabeças vão rolar.
Com o corpo doído, Helena chega em casa. Ligada no “Carrossel”, ela consegue se desligar por 45 minutos do mundo real, depois volta para corrigir a pilha de prova que comprova a petição de miséria da educação.
Fonte: http://coisasdenovela.pop.com.br

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