Na Educação Infantil o processo de adaptação é fundamental para a criança, pois ao iniciar seu processo educativo longe do aconchego familiar as crianças se sentem inseguras e com medo. Por isso é fundamental desenvolver ações que propiciem o contato das crianças com essa nova realidade sem romper os laços familiares. Nesse sentido a participação da família no período de adaptação da criança é fundamental, de forma que ela ocorra naturalmente e em espaços propícios, repletos de brincadeiras, e assim sintam-se acolhidas, amadas e valorizadas.
OBJETIVOS
- Envolver as famílias que chegam à escola pela primeira vez num clima de acolhimento, segurança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e incluí-las no desenvolvimento das situações planejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultura
CONTEÚDOS
- Inclusão das famílias no processo de adaptação
- Envolvimento das crianças na construção da rotina
- Respeito e valorização das singularidades das crianças
- Mediação das experiências da criança com a cultura
IDADE
2 e 3 anos (a sequência pode ser adaptada para acolher crianças de até 5 anos)
TEMPO ESTIMADO: Duas semanas
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Envolver as famílias que chegam à escola pela primeira vez num clima de acolhimento, segurança, cuidado e afeto.
- Incluir as crianças na construção do espaço e do tempo da escola (rotina)
- Acolher as singularidades de cada criança e incluí-las no desenvolvimento das situações planejadas.
- Mediar as experiências da criança com a cultura
CONTEÚDOS
- Inclusão das famílias no processo de adaptação
- Envolvimento das crianças na construção da rotina
- Respeito e valorização das singularidades das crianças
- Mediação das experiências da criança com a cultura
IDADE
2 e 3 anos (a sequência pode ser adaptada para acolher crianças de até 5 anos)
TEMPO ESTIMADO: Duas semanas
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz ou fita crepe, massinha, papel para desenho, fantasias;
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.
DESENVOLVIMENTO
A adaptação começa antes da entrada da criança na escola. Solicite, portanto, aos familiares que preencham previamente uma ficha, ou então, realize uma entrevista com perguntas que retratem quem é a criança: seu nome, se possui irmãos na escola, suas brincadeiras preferidas, comidas que aprecia ou não, se possui objetos de apego, chupeta e o que costuma gerar conforto ou desconforto emocional (por exemplo, a resistência para relacionar-se com pessoas estranhas).
A adaptação começa antes da entrada da criança na escola. Solicite, portanto, aos familiares que preencham previamente uma ficha, ou então, realize uma entrevista com perguntas que retratem quem é a criança: seu nome, se possui irmãos na escola, suas brincadeiras preferidas, comidas que aprecia ou não, se possui objetos de apego, chupeta e o que costuma gerar conforto ou desconforto emocional (por exemplo, a resistência para relacionar-se com pessoas estranhas).
Ao ler as fichas e estabelecer um primeiro contato
com as crianças inicie o planejamento.
1º dia
Organize o ambiente contemplando, também, as preferências observadas nos relatos das famílias: por exemplo, um canto de casinha com carrinhos de boneca e bonecas; um outro, com carrinhos e algumas pistas desenhadas no chão com giz ou fita crepe; um canto com massinha ou materiais para desenho. O tempo de permanência da criança na escola pode ser aumentado gradativamente, mas é importante que nos primeiros dias uma pessoa de sua referência afetiva permaneça o tempo que for necessário próximo dela, mesmo que seja em outro lugar que não seja a sala de aula.
Já neste primeiro dia mostre que houve interesse em
conhecer a história de cada um, faça comentários do tipo: “João, sua mãe
me contou que você gosta muito de bola, você viu que aqui nesta sua escola você
pode brincar de futebol? Veja quantas bolas separei para você, quer brincar
comigo?”, ou: “Marina, eu já sei que você adora massinha, vamos fazer um bolo e
uma festa com seus novos colegas?”.
No encerramento dessa proposta, anuncie para as
crianças o que será feito a seguir. Faça um passeio pela escola e apresente os
espaços e pessoas que pertencem a este lugar. Em seguida, apresente uma
brincadeira cantada para as crianças e os pais. No final do dia faça uma roda
de conversa com as crianças e relembre o que observou de mais significativo do
movimento do grupo; narre algumas cenas que revelaram envolvimento, interesse e
anuncie o que viverão no dia seguinte.
Solicite aos pais uma foto da criança para que seja
organizado um canto do grupo na sala de aula.
Avaliação Observe e registre posteriormente
as crianças que mais se envolveram com as propostas e as mais resistentes à
aproximação dos adultos para pensar em formas de convite e construção de vínculos
nas próximas situações.
2º dia
2º dia
Organize os cantos de atividades diversificadas de desenho, massinha, jogos e fantasias e compartilhe com as crianças as opções que terão neste dia. Procure circular pelos diferentes cantos e participe das situações junto com os pequenos.
Num outro momento, apresente para as crianças o
canto que foi escolhido para colocar as suas fotos e envolva-as nesta situação.
Crie um contexto de interação neste momento: ao colocar as fotos no painel
cante músicas com os nomes das crianças ou então faça uma brincadeira
referindo-se a algumas características físicas ou ações observadas no dia. Por
exemplo: “esta menina que vou mostrar agora brincou muito de bola, comeu muita
banana e está ao lado do Lucas. Quem será?”
Faça a leitura de uma história e mostre onde será o
canto de livros do grupo.
No final, apresente uma caixa onde ficarão os objetos
trazidos pelas crianças de casa.
Solicite aos pais que façam um desenho com seus
filhos e tragam no dia seguinte para ser colado nesta caixa. Se possível tire
uma foto do grupo para identificar este objeto que será de todos.
Avaliação Observe a movimentação das crianças nos
cantos e a forma de envolvimento com as propostas. Anote como foram as reações
daquelas crianças mais caladas, das que resistem aos contatos, ou mesmo
daquelas que demonstram uma certa euforia diante de tanta novidade.
3º dia
3º dia
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos das crianças e com as músicas “A canoa virou”; “João roubou pão”. Proponha mais uma vez os cantos de atividades diversificadas de massinha, casinha, pistas de carrinhos e bichos.
Monte com as crianças a caixa onde ficarão seus
objetos e escolham um canto onde ela ficará guardada.
Compartilhe mais uma leitura e guarde mais um livro
na biblioteca que será do grupo.
Encerre o dia recuperando oralmente o que foi vivido pelas crianças e anuncie algo que as aguardará no dia seguinte. Faça também um clima de surpresa, de expectativa para as novas experiências.
Encerre o dia recuperando oralmente o que foi vivido pelas crianças e anuncie algo que as aguardará no dia seguinte. Faça também um clima de surpresa, de expectativa para as novas experiências.
Avaliação Invista na interação com as crianças que
demonstram maior dificuldade e resistência. Chame-as para pegar algum material
com você para a organização do ambiente, sente-se ao lado para fazer um
desenho, faça você um mesmo um desenho ou escultura de massinha para que leve
para casa e observe as reações a estas formas de convite. Não se esqueça de que
aquelas crianças que aparentemente estão achando que tudo é uma “festa”,
merecem um olhar especial, um colo, momentos de atenção para se entregarem às
propostas e para compreenderem o que está acontecendo com elas.
4º dia
4º dia
Receba as crianças com os cantos de atividades diversificadas (no mínimo 3). Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos. Apresente em forma de desenho ou por meio de fotografias das crianças, cada situação da rotina (o professor deve organizar este material previamente). Converse com as crianças o que fazem em cada momento e organize junto com elas a sequência temporal das atividades. Diga que essas fotos ou desenhos ajudarão a saber o que farão na escola e que logo após o lanche ou então da brincadeira no parque, por exemplo, seus pais voltarão para buscá-las. Cole o quadro da rotina num lugar de fácil acesso para as crianças.
Avaliação Ao anunciar os momentos que retratam a
rotina, diga às crianças que ainda choram e demonstram sofrimento em estar
neste novo ambiente, quais são as situações que viverão e quando será o momento
de reverem as pessoas de sua família todos os dias. Observe as reações e sempre
que chorarem recorra a esta estratégia para ajudar a tranquilizar as crianças.
5º dia.
5º dia.
Receba as crianças em roda e conte que escolheu montar os cantos que mais gostaram no decorrer da semana. Quando encerrar, recorra ao quadro da rotina para situar o que farão a seguir. Faça mais uma leitura e guarde mais um livro na biblioteca do grupo. Comente que, aos poucos, conhecerão muitas histórias. Em seguida, mude a atividade e faça com o grupo uma salada de frutas (se possível, peça no dia anterior que cada criança traga de casa uma fruta). Ou então, no lanche, faça um piquenique no espaço externo da escola.
Encerre o dia com uma brincadeira. Conte que
ficarão dois dias em casa sem vir para a escola, mas que muitas novidades as
aguardam na próxima semana. Fale que brincarão muito e que o professor estará
sempre presente quando precisarem de algo.
Avaliação Ajude as crianças mais resistentes à
aproximação a transformarem sentimentos em palavras. Reconheça os desafios
ainda existentes, mas reafirme que na próxima semana estará novamente na escola
para recebê-las e investigar quais são as brincadeiras e outras situações que
lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se possível, empreste algum livro ou brinquedo
e peça para que cuide bem e traga novamente para a escola na próxima semana.
Isso ajudará neste processo de construção de vínculo com a escola e com o
educador.
Revista Escola
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