
De
origem humilde, ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos
iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia e tornou-se
militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores,
da independência nacional e do socialismo.
Conheceu a prisão pela
primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor
Juracy Magalhães. Libertado,
prosseguiria na militância política, interrompendo os estudos universitários no
3o ano, em 1932, quando deslocou-se para o Rio de
Janeiro.
Em 1o de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e
enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia de Filinto Müller.
Permaneceu encarcerado por um ano e, quando solto pela “macedada” – nome da
medida que libertou os presos políticos sem condenação -- deixou o exemplo de
uma tenacidade impressionante.
Transferindo-se
para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a
reorganização dos revolucionários comunistas, duramente atingidos pela
repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.